quarta-feira, 30 de novembro de 2011

III GRANDE CARREATA CONTRA A DIVISÃO DO ESTADO

No próximo domingo (04), Belém será coberta, novamente, pelas cores da bandeira do Pará, durante a III GRANDE CARREATA CONTRA A DIVISÃO DO ESTADO. O evento, promovido pela Frente em Defesa do Pará contra a criação de Carajás uma semana antes do Plebiscito, tem como objetivo intensificar o grito de “NÃO e NÃO” nas ruas da capital paraense.
 A concentração será às 8 horas, em frente ao Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Depois, a carreata segue até a Praça Batista Campos, passando pela avenida Duque de Caxias, Rua Antônio Barreto, avenida Alcindo Cacela, Rua dos Pariquis, avenida Bernardo Sayão, rua dos Tamoios, travessa Padre Eutíquio, rua Gama Abreu, avenida Assis de Vasconcelos, rua Oswaldo Cruz, avenida Presidente Vargas e avenida Serzedelo.

Programa mostra a festa da carreata do último domingo

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Homenagem ao Grupo “Pará Sem Divisão: A Resistência” do Facebook

Posto a seguir a foto dos membros do Grupo “Pará Sem Divisão: A Resistência” do Facebook que, assim como outros grupos das mídias sociais, vem dando uma grande lição de luta e resistência contra a divisão do estado do Pará. Não tenho dúvida que este grupo veio para ficar e transformar a política no estado do Pará. É a sociedade civil, através das mídias sociais, participando ativamente da vida política de nosso estado. Parabéns a todos os RESISTENTES!


Poder público perde controle e obras da Copa já estão R$ 2 bilhões mais caras


A fraude no Ministério das Cidades que abriu caminho para a aprovação do projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá, R$ 700 milhões mais caro que o original, é apenas um dos exemplos de como o custo das obras da Copa do Mundo escapou do controle público.
No que diz respeito à mobilidade urbana, os gastos totais aumentaram R$ 760 milhões, quando comparada a atual estimativa à previsão inicial de janeiro de 2010. O caso de Cuiabá foi revelado pelo Estado na última quinta-feira. Levando-se em conta a alteração orçamentária dos estádios, o aumento total das obras da Copa supera R$ 2 bilhões. 
A mudança de planos em Cuiabá atendeu aos apelos do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB). Além de Cuiabá, houve aumento de preço nas obras de mobilidade urbana em outras cinco cidades: Belo Horizonte, Manaus, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.  Em Belo Horizonte, o BRT da avenida Cristiano Machado saltou de R$ 51,2 milhões para R$ 135,3 milhões, acréscimo de 164,3%. Em Manaus, o valor global das duas obras previstas - um monotrilho, já criticado pela Controladoria-Geral da União (CGU), e uma linha rápida de ônibus - aumentou 20%. 
O prolongamento da Avenida Severo Dullius, em Porto Alegre, ficou 70% mais caro. Todas as cinco obras de mobilidade urbana programadas para Recife encareceram - entre elas, o BRT Leste/Oeste - Ramal Cidade da Copa, que aumentou de R$ 99 milhões para R$ 182,6 milhões (84,40% de diferença). O Corredor Caxangá (Leste/Oeste), por sua vez, agora custa R$ 133,6 milhões, ou 80,54% a mais.
Exceção. Em São Paulo, por outro lado, a obra do monotrilho despencou de R$ 2,8 bilhões para R$ 1,8 bilhão, o que, no conjunto, reduziu o impacto do aumento de preço em outros Estados. Já em Fortaleza não houve mudança nos investimentos. Em Brasília, a variação foi mínima: 4,48%. 

Fonte:O Estadão Online

A ALPA, o aglomerado de ferro-gusa e o desenvolvimento da região de Carajás

Eduardo José Monteiro da Costa

A ALPA será uma usina siderúrgica localizada no Distrito Industrial de Marabá (DIM) que terá capacidade de produção de 2,5 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos por ano. De acordo com o projeto de instalação deverá iniciar as suas atividades no ano de 2013 devendo destinar 1,7 milhão de toneladas para a California Steel, siderúrgica que a Vale mantém com a japonesa JFE Steel nos EUA, e o restante deverá ser destinado para a verticalização local da produção mineral. O empreendimento pertencente à Companhia Vale S.A. prevê um investimento estimado de US$ 2,76 bilhões e deverá gerar 16 mil empregos na fase de implantação. Na fase de operação estima-se a geração de 5,3 mil empregos diretos e outros 16 mil indiretos. Para a viabilização do projeto o empreendimento prevê a construção de um acesso ferroviário para receber o mineiro de ferro vindo de Parauapebas e a construção de um terminal fluvial no rio Tocantins para receber o carvão mineral e escoar a produção da siderúrgica até o Terminal Portuário de Vila do Conde em Barcarena (PA).
Integrada a ALPA haverá uma unidade de laminação construída em uma parceria da Vale S.A., que deterá 25% de participação, com o Grupo Aço Cearense, que deterá 75% de participação e que ficará responsável pela implantação, operação e comercialização dos produtos da nova empresa. Este empreendimento denominado de Projeto ALINE orçado em US$ 750 milhões se configurará na primeira usina de laminação de aços planos do Norte e Nordeste e receberá da ALPA anualmente 750 mil toneladas de placas de aço para produzir laminados a quente (capacidade de 710 mil toneladas anuais), laminados a frio (capacidade de 450 mil toneladas anuais) e galvanizados (capacidade de 150 mil toneladas anuais) com intuito de suprir a demanda da construção civil, além de viabilizar a implantação de dois pólos metais-mecânicos no estado do Pará, um no município de Barcarena e outro no próprio DIM.
Especificamente no tocante ao pólo metal-mecânico de Marabá, este está sendo projetados por meio de uma parceria envolvendo diversas instituições, como a Associação Comercial do Município de Marabá, empresas, com destaque para a Vale S.A. e o Grupo Aços Cearense, e o poder público municipal e estadual, envolvendo um projeto de implantação da segunda e da terceira etapas do DIM e que deverá receber empresas que atuarão dentro de uma diversificada linha de produtos, incluindo embalagens, arames, parafusos, estruturas metálicas, carrocerias para caminhões, barcaças para a indústria naval, telhas, botijões de gás, tubos metálicos, vagões ferroviários, estruturas para móveis e eletrodomésticos da linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar).
Neste contexto dois elementos aparecem como sendo fundamentais para a transformação do potencial APL de ferro-gusa em um APL efetivo metal-mecânico no município de Marabá: a infraestrutura e as parcerias institucionais capazes de desenvolverem a capacidade de governanças dos atores locais.
Em termos de infraestrutura é conveniente destacar as precárias condições do sistema viário para o escoamento da produção, envolvendo tanto as estradas vicinais do município, quanto as estradas estaduais e federais. Destaca-se da mesma forma a deficiente rede de distribuição de energia elétrica no município e a precária infraestrura social e de saneamento. 
 Atualmente a atividade produtiva local conta com a geração de energia elétrica da UHE de Tucuruí, a Estrada de Ferro de Carajás e o Porto de Ponta da Madeira, localizado no Porto de Itaqui em São Luís (MA). Contudo para a viabilização da instalação do pólo metal-mecânico no DIM tornam-se fundamentais outras ações capazes de viabilizar uma infraestrutura adequada e rotas alternativas para acesso ao mercado.
Em primeiro lugar destaca-se a importância da viabilização da Hidrovia Araguaia-Tocantins. A plena navegabilidade deste modal depende além das Eclusas de Tucuruí, da derrocada do Pedral do Lorenço e da ampliação do Porto de Vila do Conde em Barcarena. Some-se a isto a importância da instalação de um porto público no município de Marabá.
Em segundo lugar destaca-se a necessidade de duplicação da Estrada de Ferro de Carajás. Ela permitirá o acesso a Ferrovia Norte-Sul e por meio desta a Ferrovia Centro-Atlântica, permitindo, desta forma, o acesso via modal ferroviário ao mercado do Centro-Sul do país. Ainda dentro deste contexto aparece não como uma prioridade, porém como uma alternativa futura o acesso via Ferrovia Norte-Sul ao Porto da Tijoca (Espadarte), na Ponta da Romana, município de Curuçá.
Ademais, destaca-se a necessidade de garantia de geração de energia elétrica. Neste sentido, a construção da UHE de Belo Monte ou a UHE de Marabá aparecem como sendo estratégicas para o desenvolvimento local.
Finalmente convém destacar os aspectos institucionais da aglomeração produtiva de ferro-gusa de Marabá. Em que pese haver, conforme apontado anteriormente, uma atividade produtiva aglomerada de ferro-gusa no município do Marabá, não há por parte das empresas integrantes do aglomerado uma institucionalidade explícita ou implícita que aponte para mecanismos consistentes de articulação, cooperação ou execução de ações conjuntas. Desta forma, estas empresas conformam apenas uma atividade produtiva aglomerada, sem contudo, vale repisar, estabelecerem externalidades aglomerativas incidentais capazes de apontarem para a existência de um APL consolidado. É desta forma uma simples aglomeração produtiva, ou um potencial APL. 
Todavia, destaca-se no contexto atual a importância que a aproximação de atores locais fundamentais terão no desenvolvimento de uma institucionalidade local adequada para o desenvolvimento do APL Metal-Mecânico de Marabá: Companhia Vale S.A., Grupo Aço Cearense S.A., Governo do Estado do Pará, Companhia de Desenvolvimento Industrial do Pará (CDI), Prefeitura Municipal de Marabá, Associação Comercial e Industria de Marabá (ACIM), Sindicato da Indústrias de Ferro-Gusa do Estado do Pará (Sindiferpa), Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF/FIEPA), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade do Estado do Pará (UEPA), Parque Científico Tecnológico de Carajás, Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI), Sistema Nacional de Emprego (SINE), organizações não-governamentais e entidades representantes dos trabalhadores, dentre outros.
Dois passos importantes já foram dados. Um primeiro envolveu a articulação de uma série de atores locais na implantação das fases 2 e 3 do DIM. O segundo passo importante decorreu da articulação entre a Vale, a Prefeitura de Marabá, o Governo Federal e o do estado do Pará, para o desenvolvimento de programas de formação, capacitação e qualificação voltado para a comunidade local visando desenvolver maior empregabilidade na mão-de-obra local, de modo a capacitá-los a acessarem as vagas de trabalho que serão geradas.  Decorrente disto, já está em funcionamento do Programa de Preparação para o Mercado de Trabalho que abrange ao todo dezessete cursos de formação e que conta com as parcerias da Vale, Senai, Sine, Obra Kolping do Brasil, além dos governos federal, estadual e municipal.
O fato é que a sociedade paraense precisa discutir mais a relação da atividade mineral no estado e o bem-estar da população. Precisamos usar a mineração como vetor de desenvolvimento, lembrando que este somente acontece quando o crescimento econômico consegue impactar positivamente os indicadores sociais, refletindo em melhoria na condição devida da população.  

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Algumas reflexões após um domingo em defesa do Pará

O dia de ontem marcou o processo de luta contra a divisão do estado do Pará. As quatro carreatas ao todo juntaram conforme dados atualizados cerca de mil automóveis e milhares de pessoas. A cada dia que passa cresce o engajamento da população de Belém contra a divisão. A Região Metropolitana que já possui 84% como índice de rejeição foi sacudida na manhã de ontem quando recebemos diversas manifestações de apoio.
Contudo este não é o momento para nos acomodarmos. Ainda faltam duas semanas e tudo pode acontecer neste período. A nosso luta passa a ser também contra a abstenção e contra as fraudes. Soube que hoje foi apreendido pela Frente contra Tapajós um material do Sim ensinando a população a votar 77 como se fosse um voto para o Não. Ja vi até fotos fraudadas do Neymar, Ganso e Lula pedindo voto para o Sim. Lamentavelmente isto ainda acontece em nossa política.  Ademais, já há um alerta para possíveis fraudes nesta votação na medida em que esta não é uma eleição comum na qual há candidatos que mutuamente se fiscalizam. Precisamos estar alerta!
Ontem notei um fato curioso. Alguns políticos que nunca deram as caras neste processo apareceram se colocando como arautos da unidade territorial do estado do Pará. Fiquei me perguntando onde este camarada estava nos últimos três meses? Agora vai aparecer um monte de heróis. Claro, depois da última pesquisa alguns se sentiram mais a vontade para aparecer ou descer dos muros. Contudo, precisamos valorizar aqueles que desde o início deram a “cara a tapas”.
Outra curiosidade: Hoje em Brasília me deparei com o Jornal Hoje em Dia no qual o Deputado Giovanni Queiroz está defendendo a divisão do Pará. O discurso já é o conhecido. Todavia me chamou a atenção o seguinte trecho: “Defensor do voto sim, Queiroz garante que todo o custo seria absorvido pelos cofres estaduais dos novos estados e não acarretará ônus nenhum à União...”. Lembro-me de algumas vezes ter escutado os separatistas alegarem que o ônus seria da União. Curioso se não fosse controverso!  

domingo, 27 de novembro de 2011

É o plebiscito que definirá a criação dos estados de Carajás e Tapajós?

Carreatas agitam a Cidade de Belém contra a divisão do Pará

Na manhã de hoje, 27 de novembro, a Cidade de Belém foi sacudida por 4 grandes carreatas em defesa do Pará contra a divisão. Ao todo centenas de carros e milhares de pessoas participaram. Chamou atenção a reação das pessoas nas ruas. A Cidade de Belém vestiu a camisa do Não. Por onde passávamos ocorriam manifestações de apoio a luta pela integridade territorial do estado do Pará. A população acenava, sacudia bandeiras do Pará e solicitava adesivos e bandeiras. Participei da carreata que saiu da Av. João Paulo II que teve o seu momento forte quando passamos pela Feira da Pedreira, pela Praça da República e pela Praça Batista Campos. Todas as 4 carreatas terminaram na Praça do Operário em São Brás, onde ocorreu uma enorme festa democrática. 





Salmos 29:11

“O Senhor dá força ao seu povo; o Senhor abençoa com paz ao seu povo” (Salmos, 29:11)